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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Creio pois parece absurdo!"

Olá pessoal, tudo certo? O post de hoje é sobre o filósofo de nome difícil que estamos estudando na turma 3000: Kierkegaard.

Kierkegaard não se ligou muito nas ideias de Hegel. Criticou a postura professoral de Hegel, como se este visse o mundo de fora, não interagisse nele. Para Kierkegaard, o problema da teoria de Hegel é que a sua preocupação com o contexto histórico tirou do indivíduo a responsabilidade pela própria vida. Cada um de nós é um indivíduo que vive uma única vez, sendo assim temos uma importância muito maior do que a de meros "filhos de nossa época".

Hegel não foi o único alvo de críticas de Kierkegaard: Ele também criticou a postura evasiva e frouxa da Igreja. Que ser cristão era um senso comum, algo quase que indiferente no nosso cotidiano. Ele dizia que não se pode ser meio cristão ou cristão em algumas horas do dia.

Com isso ele queria dizer que, se acreditamos de fato que Jesus morreu na cruz por nós, devemos ter uma postura muito mais ativa em relação a isso. Ao invés de estarmos por aí indo em micaretas ou frequentando academias, deveríamos estar vivenciando nossa fé.

A subjetividade tem um papel fundamental na filosofia de Kierkegaard: para ele o importante são as questões pessoais. Quando vamos dormir não ficamos pensando em racionalidades como 3 x 3 = 9 ou sobre as Leis de Newton. Nada disso é existencialmente importante para nós. Pensamos em coisas fundamentais para nossa existência como saúde, alimentação, amor, trabalho, etc.

Por isso a frase do título do post: "Creio pois parece absurdo!". Se a existência de Deus fosse provada racionalmente, não teria valor a crença nEle. A racionalidade não é tão importante quanto a subjetividade. As questões existenciais são as verdadeiras coisas com as quais devemos nos preocupar. Algumas pesquisas atuais agradariam a Kierkegaard, já que as pessoas tendem a se preocupar com aquilo que faz parte de seu cotidiano

Kierkegaard fala ainda sobre os três estágios pelos quais o indivíduo passa: estético, ético e religioso. Conversamos sobre eles hoje (23/08) em sala de aula. Se Hegel pudesse respondê-lo, diria que a crítica de Kierkegaard a ele foi dialética. Ao mesmo tempo em que criticou a diminuição da individualidade humana, Kierkegaard traçou três estágios fixos pelos quais nós passamos. Contraditório?

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