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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O estudo, a busca da verdade e da beleza , são domínios em que nos é consentido sermos criança por toda a vida (Albert Einstein)

Boa tarde pessoal, tudo bem? O post de hoje é sobre a aula de filosofia do dia 03/09 na turma 2000. O assunto foi a filosofia empirista de David Hume.

Hume era um pensador empirista que viveu no ápice do Iluminismo. E toda aquela conversa de século das luzes, liberdade de ideias - na opinião de Hume - fez com que surgissem todo tipo de teorias, algumas bem complicadas. A partir disso, na luta para acabar com teorias duvidosas e obscuras, Hume se fez as seguintes perguntas: De onde vêm nossas ideias? Como se formam nossos conhecimentos?

Para encontrar essas respostas, Hume acreditava que o homem deveria voltar seus pensamentos para sua relação com o cotidiano: todo conhecimento válido é aquele baseado em experiências. Nos voltando só para esse tipo de conhecimento, o mundo se torna um lugar mais nítido, mais fácil de ser entendido.

Hume acreditava também que os pensamentos humanos se dividiam em impressões (percepção imediata da realidade) e ideias (lembrança da impressão, aquilo que fixa a impressão na mente) e que elas podem ser simples ou complexas. Na aula falei da diferença entre ideias/impressões simples e complexas. Lembram do exemplo do anjo ou do crocofante?

Hume alertou para o fato de que nossos hábitos, nossas ideias preconcebidas, nos impedem de vivenciar o mundo em sua totalidade. As leis de causa e efeito e leis imutaveis da natureza acabam se resumindo a questões de hábito: quando jogamos um giz no chão, todo mundo espera que o giz caia. Se ele não cair, ficaríamos surpresos, mas um criança não ficaria, pois ela ainda não se encheu de expectativas, hábitos e ideias preconcebidas. Por isso elas fazem perguntas que as vezes desconcertam os adultos.

A partir desse pensamento, Hume deixa dois ensinamentos para nós:

a) Não deixar que sentenças do ser (descritivas) virem regras (normativas). Exemplo: Cada vez mais pessoas morrem em acidentes de carro, então vamos andar a pé. Ou, cada vez mais pessoas viajam de avião, então vamos construir aeroportos.

b) A razão nos leva a conclusões preguiçosas, das quais cremos ter absoluta certeza e por isso não colocamos nunca em dúvida, nunca conferimos. Isso não é uma atitude inteligente. Devemos sempre nos questionar de onde vieram nossas ideias e como as nossas razões se formaram. A ciência está até hoje se perguntando como isso acontece.

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